Alimentação inclusiva para restaurantes: Significado e dicas para um cardápio inclusivo

Mulher segurando figuras humanas de papel à mesa, close-up. Conceito de Diversidade e Inclusão

Se você está aqui, provavelmente está se perguntando: O que é alimentação inclusiva? Por que é importante para os restaurantes?

Segundo o Ibope, 14% da população brasileira é vegetariana. Já o instituto DataFolha apontou que cerca de 35% da população acima de 16 anos tem algum tipo de sensibilidade ao consumo de produtos lácteos. E mais: dados da Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil estimam que a intolerância ao glúten afeta em torno de 2 milhões de brasileiros atualmente.

Ou seja, uma parcela significativa da população possui algum tipo de limitação com relação à alimentação. E isso inclui o público alvo de bares e restaurantes.

Novas demandas do mercado exigem novas adaptações e ações por parte dos donos de restaurantes, bares e lanchonetes.

É com isso que reforçamos a importância da alimentação inclusiva para restaurantes!

Em resumo, alimentação inclusiva significa incluir receitas, pratos e bebidas para pessoas com restrições alimentares no cardápio de restaurante.

Tópicos do artigo

  • O que é alimentação inclusiva?
  • A importância da alimentação inclusiva para os restaurantes
  • Como ter alimentação inclusiva em restaurantes (dicas)
  • O que é um cardápio inclusivo em restaurantes? (Como montar)

O que é alimentação inclusiva?

O termo “alimentação inclusiva” se refere à adequação de alimentos, refeições e bebidas para pessoas com certas restrições alimentares, alergias diversas e/ou que não consomem alguns ingredientes por escolha própria.

Ou seja, o ato de incluir e receber pessoas com restrições alimentares em estabelecimentos food service, como bares, lanchonetes, restaurantes etc.

Devido a isso, restaurantes e negócios da alimentação devem buscar formas de aplicar a alimentação inclusiva em seus cardápios, alimentos que incluam essas pessoas, para que elas possam viver experiências juntamente com seus amigos e família.

Quais são os tipos de restrição alimentar?

Alguns exemplos comuns de restrições alimentares incluem intolerância à lactose, intolerância ao glúten, alergia a amendoim, alergia a frutos do mar e diabetes.

Com isso, é importante notar que a restrição alimentar não é uma escolha para todos, mas sim uma condição médica que deve ser respeitada.  

São as principais:

  • Intolerância à lactose: A intolerância à lactose ocorre devido a uma deficiência na enzima lactase de um indivíduo, que quebra a lactose. Quando essa enzima está ausente no corpo, a lactose não é digerida devidamente, causando desconforto gastrointestinal. Alternativas para essa restrição incluem leites vegetais e produtos “Zero Lactose.”
  • Doença Celíaca: A doença celíaca é uma condição autoimune em que o organismo não pode digerir o glúten, uma proteína encontrada em cereais como trigo e cevada. Pessoas com essa condição devem evitar alimentos com glúten e procurar produtos com o selo “Glúten Free.” Além disso, é comum pessoas que não são celíacas cortarem o glúten em suas dietas.
  • Diabetes: Caracterizada por níveis elevados de glicose no sangue, a diabetes está relacionada com a falta ou falha na ação da insulina. A alimentação desempenha um papel importante na gestão da glicose, e os diabéticos devem controlar sua dieta para manter níveis de açúcar aceitáveis.

Além dessas restrições alimentares, outras pessoas optam por dietas alternativas, como vegetarianismo e veganismo, com base em crenças ou valores individuais.

A importância da alimentação inclusiva para os restaurantes

A alimentação inclusiva é muito importante entre o ramo alimentício e continuará em alta devido a sua notoriedade.

É um assunto de inclusão, que envolve uma grande parcela da população, e adaptar seu menu mostra que seu restaurante está em constante evolução e adaptação.

Existem inúmeras restrições alimentares entre as pessoas, como já apontamos aqui, e cada pessoa tem a sua particularidade e muitas vezes, suas próprias preferências. 

Devido a isso, os estabelecimentos do ramo alimentício devem estar sempre se adaptando, para que o público possa se expandir e mais pessoas possam aproveitar as condições alimentícias.

Pensando nisso, é essencial que os empreendedores do food service encontrem formas de oferecer a alimentação inclusiva para atender essas pessoas.

Além de ser uma iniciativa importante para a sociedade em geral, o seu restaurante acolhe e insere essas pessoas na sociedade, de uma forma que elas se sentem mais confortáveis a frequentar regularmente seu negócio.

Além de claro que seu restaurante ganha notoriedade e se destaca entre a concorrência que pode não se mostrar preocupada com a alimentação inclusiva.

Como ter alimentação inclusiva em restaurantes

Pessoas que possuem restrições alimentares vivem muitos desafios durante os dias, por isso, restaurantes que procuram entender sobre a necessidade da alimentação inclusiva, respeitam e tornam este momento mais acolhedor.

Para iniciar o processo de tornar seu cardápio mais inclusivo, esteja atento(a) às principais restrições alimentares das pessoas, para que, a partir disso, seja possível criar pratos que atendam essas necessidades.

Além disso, é indispensável, ler todos os rótulos dos alimentos antes de fazer os pratos assim, sua equipe garante que aquele produto atende às restrições alimentares e não irá fazer mal para alguém. 

Aqui estão algumas dicas para oferecer a alimentação inclusiva em restaurantes:

1. Faça uma pesquisa sobre o tema da inclusão alimentar

Para conseguir atender às particularidades alimentares das pessoas, é preciso iniciar um estudo e discussão sobre o tema.  

Seus colaboradores têm alguma restrição alimentar? Converse com eles e conheça melhor sobre suas experiências e necessidades.

Além disso, pesquise mais sobre quais são as limitações dessas pessoas com restrições alimentares, busque maneiras de entender melhor cada uma delas. 

A partir disso, o seu restaurante terá mais embasamento para atender as pessoas com maior acolhimento e compreensão. Tudo isso, baseado em empatia, até porque, o maior objetivo é incluir essas pessoas, certo? Leia e converse!

2. Procure por ajuda de profissionais da nutrição para entender mais

Ainda em relação com a primeira dica de pesquisa, está a contribuição de nutricionistas que podem fornecer uma ajuda primordial.

Além de ajudar na construção do prato para cada particularidade, a avaliação nutricional vale para todos os seus pratos, independente se envolve as restrições alimentares ou não. 

Qualquer atitude que venha para o bem do seu empreendimento, é um investimento que deve ser feito.

3. Treine sua equipe de atendimento e cozinha

Um dos passos mais importantes para o sucesso do seu restaurante, é ter uma equipe por dentro dos pratos que você oferece. Ainda mais quando se trata de pratos que abrangem as restrições alimentares.

Treine sua equipe de atendimento para que esta seja capaz de tirar quaisquer dúvidas sobre o cardápio. Além disso, capacite os funcionários da cozinha.

Até porque, em alguns casos a alergia ao glúten pode ser tão forte que só em cozinhar o alimento na mesma panela que foi preparado algo com essa proteína pode causar uma reação na pessoa alérgica.

Ou seja, é extremamente importante que a sua equipe da cozinha saiba como proceder a partir de cada restrição e a preparação dos pratos. Pois é a saúde de outras pessoas que está em risco, então, é preciso conhecimento e cuidado para cozinhar.

4. Se destaque e ofereça opções diferentes do habitual

Nos dias de hoje, muitas pessoas buscam por tendências para aplicar em suas empresas, mas o que realmente faz a diferença, é oferecer opções diferentes do comum.  Pesquise por receitas e pense em como oferecer pelo menos de duas a três opções para cada tipo de restrição alimentar.

Desta forma, seu restaurante surpreende os consumidores e automaticamente clientes são fidelizados. Mas, é válido afirmar que, não precisam ser opções extraordinárias ok? Seu estabelecimento pode optar pela simplicidade e qualidade do sabor.

De qualquer forma, tudo que é pensado com empatia, compreensão e inclusão fará este público se sentir mais acolhido e mais propenso a voltar novamente ao seu restaurante.

5. Aposte na qualidade dos produtos usados e substitutos

Foque em oferecer produtos de qualidade na preparação dos pratos. Em muitos casos, você nem precisará criar um prato do zero e sim adaptar o que já vende.

Para criar ou tornar seu cardápio mais inclusivo, pense em adicionar:

  1. Opções de pratos sem ovo e com leite vegetal
  2. Refeições com farinhas sem glúten, como farinha de quino, milho, aveia ou grão de bico
  3. Cebola crispy para substituir bacon e carnes
  4. Outras proteínas e substitutos da carne, como a carne de soja, grão de bico e cogumelos.

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6. Não deixe espaço para dúvidas

É importante que as informações sobre os ingredientes e a preparação dos pratos estejam claras e acessíveis para todos os clientes. Seu prato contém ingredientes de origem animal? Há presença de glúten? E Lactose? Às vezes, a solução é mais fácil do que parece. Simples etiquetas informativas são úteis e resolutivas!

Capriche nas descrições dos pratos e como já falamos antes, treine sua equipe para conseguir responder á duvidas e necessidades dos clientes.

 7. Celebre as datas de conscientização em seu restaurante e suas redes sociais

Por fim, conscientizar o público sobre restrições alimentares é uma estratégia valiosa para valorizar sua marca e movimentar seu público através das redes socais e outros canais de comunicação.

Datas comemorativas ao longo do ano oferecem oportunidades para promover uma alimentação mais saudável e informações sobre a alimentação inclusiva e sua importância, bem como incentivar a inclusão de pessoas com diferentes restrições alimentares. Alguns exemplos de datas importantes incluem:

  1. Dia Mundial Sem Carne (20 de março): Essa data visa conscientizar sobre os impactos ambientais e os benefícios à saúde da redução ou eliminação do consumo de carne. É uma campanha global apoiada por líderes internacionais, personalidades e empresas.
  2. Segunda sem carne: Um movimento que ganhou força em mais de 40 países, incentivando as pessoas a reservar um dia da semana para evitar o consumo de produtos de origem animal.
  3. Conscientização sobre a Doença Celíaca (16 de maio): Essa data destaca a doença celíaca, uma condição autoimune que requer cuidado especial ao preparar alimentos sem glúten para evitar a contaminação cruzada.
  4. Dia Mundial da Alimentação (16 de outubro): Uma data que promove pilares como melhor nutrição, melhor produção, melhor ambiente e melhor qualidade de vida.
  5. Dia da Terra (22 de abril): Uma ocasião para refletir sobre o impacto das ações no meio ambiente e promover escolhas sustentáveis, como alimentos orgânicos e redução de desperdício.

8. Ofereça um cardápio digital

Além de pensar na alimentação inclusiva para seu restaurante, considere oferecer um cardápio digital em seu atendimento. Seja via tablet, QR code ou totem de autoatendimento.

Isso por que um dos propósitos do cardápio digital para restaurantes é fornecer um sistema de pedidos seguro e conveniente para os clientes.

Um cardápio digital para restaurante é uma versão eletrônica ou uma cópia eletrônica do cardápio de um restaurante. 

Isso promove pedidos de restaurantes inclusivos e acessíveis para clientes com deficiências e necessidades especiais, com mais imagens, áudio e vídeos.

Por exemplo, caso seu cliente possua perda auditiva ou problemas de fala, definitivamente este se sentirá mais confortável e terá mais facilidade em realizar seu pedido direto pelo cardápio digital.

Além de que o menu digital oferece praticidade, agilidade no atendimento e diminuição de erros nos pedidos.

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O que é um cardápio inclusivo em restaurantes?

Uma parcela significativa da população possui algum tipo de limitação com relação à alimentação. Desta forma, a oferta de alimentos adequados se torna essencial em todos os segmentos da alimentação.

Ou seja, um cardápio inclusivo torna-se um elemento cada vez mais necessário a ser levado em conta entre os bares, restaurantes, cafeterias etc.

Um cardápio inclusivo em restaurantes é um menu eu ofereça refeições e bebidas que atendam as necessidades do público com restrições alimentares.

Isso pode incluir a oferta de alimentos sem glúten, sem lactose, sem açúcar, veganos e vegetarianos, por exemplo.

Conforme orientação da Anvisa, é fundamental que os restaurantes e demais estabelecimentos de alimentação estabeleçam práticas para assegurar a segurança alimentar dos pratos servidos, juntamente com a clara identificação dos componentes empregados em cada preparo.

Isso visa prevenir a contaminação cruzada e garantir a segurança alimentar de todos os clientes, inclusive daqueles com restrições alimentares específicas.

Resumindo, um cardápio inclusivo em restaurantes é um cardápio feito para atender a diversas necessidades alimentares e preferências dos clientes, garantindo que todos, independentemente de suas restrições alimentares, encontrem opções adequadas e saborosas para suas refeições.

Um cardápio inclusivo em restaurante pode abranger várias considerações, incluindo:

  1. Restrições alimentares: O cardápio inclusivo deve oferecer pratos que atendam a pessoas com intolerâncias, alergias alimentares, doença celíaca (intolerância ao glúten) e outras restrições dietéticas.
  2. Preferências dietéticas: Isso envolve acomodar dietas vegetarianas, veganas, pescetarianas, kosher, halal e outras preferências alimentares específicas.
  3. Opções saudáveis: O cardápio deve incluir pratos com baixo teor de gordura, açúcar reduzido, opções com porções menores e ingredientes frescos para aqueles que buscam refeições mais saudáveis.
  4. Sustentabilidade: Muitos restaurantes inclusivos também oferecem pratos que são ecologicamente sustentáveis, usando ingredientes locais, orgânicos e respeitando práticas de agricultura sustentável.
  5. Variedade: Ter uma variedade de pratos que atendam a diferentes gostos e restrições alimentares é fundamental para criar um cardápio inclusivo.

Conclusão

E aí, gostou dessas dicas sobre alimentação inclusiva? Já sabia o quão o assunto é relevante nos dias de hoje?

Em conclusão, o cardápio inclusivo deve ser claro e informativo, com descrições detalhadas dos pratos, incluindo informações sobre alergênicos, ingredientes-chave e opções de personalização. Pense nisto ao implementar a alimentação inclusiva em seu restaurante.

 Essa abordagem ajuda a garantir que todos os clientes possam fazer escolhas informadas e desfrutar de suas refeições com segurança e satisfação, independentemente de suas necessidades ou preferências alimentares.

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